Dicas

Cultivando técnicas: Biodiversidade

A agricultura orgânica emprega um conjunto de técnicas para atingir seus objetivos de produzir alimentos de alta qualidade, livres de contaminantes e preservando o meio ambiente natural.

 

Essas técnicas visam controlar os fatores de que dependem o crescimento da cultura e a produtividade agrícola, tais como: colheita e conservação da água, nutrição das plantas, controle de pragas e doenças e manejo de plantas adventícias que podem em determinados momentos limitar o crescimento de. cultivo. Outro fator importante é o uso de variedades de culturas adaptadas às condições locais.

 

A diversificação espacial e temporal, juntamente com a proteção dos solos e a contribuição de matéria orgânica para eles, são as estratégias básicas que sustentam as técnicas ecológicas.
1. Biodiversidade.
A agricultura convencional ou industrializada entende que todos os organismos vivos que circundam a cultura principal são seus competidores e que, portanto, este é o único que deve existir na unidade de produção. Como foi visto no tópico referente às bases ecológicas da agricultura ecológica, a estabilidade é a base da sustentabilidade do sistema e dado que para isso ela se tornou mais complexa – a base para as interações ecológicas e sua abordagem ao funcionamento natural – diferente os métodos devem ser usados ​​por DIVERSIFICAÇÃO. Essa diversificação é alcançada das seguintes maneiras:

 

– Aumentar a diversidade intraespecífica da cultura por meio do uso de diferentes variedades da mesma espécie cultivada.
– Associação de culturas diferentes no mesmo espaço (associações de culturas).
– Culturas diferentes acontecendo no tempo para uma parcela (rotações). A combinação adequada de associações-rotações é a mais adequada para a cultura, que em muitos casos pode ter um aumento considerável em sua produtividade (Domínguez Gento, A., Roselló Oltra, J., Aguado Sáez, J., 2002).
– Associar ao cultivo espécies silvestres como sebes ou cercas vivas e coberturas naturais de plantas, tanto nas margens como entre as culturas.
– Através de uma variante de coberturas vegetais: adubos verdes ou plantas de cobertura.
– Introdução da atividade pecuária na fazenda.
-Permitidos ou quebras: Uma variação do método de rotação é intercalar um período em que a terra é deixada sem cultivo, em pousio. Isso permite que o solo descanse e recupere a fertilidade.
– Alto rendimento de matéria orgânica: importante para promover a diversificação microbiológica e reestruturar o solo.

– Eliminar o uso de agroquímicos convencionais e reduzir o uso de outros agrotóxicos permitidos na agricultura orgânica: os agrotóxicos convencionais tendem a prejudicar os inimigos naturais das pragas e não são capazes de matar os fitófagos, desenvolvendo certa resistência a eles.

A biodiversidade tem diferentes efeitos benéficos no agroecossistema, como interações alelopáticas que podem favorecer ou inibir a proliferação de outras plantas próximas, benefícios para a saúde, mudanças positivas nos fatores ambientais, aumento da produtividade, etc.
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1.1 Associações.

As associações consistem em emparelhar no mesmo espaço (na mesma parcela) e ao mesmo tempo várias culturas, observando determinados critérios para a sua aplicação.
Assim, a associação é uma policultura, que, assim como as rotações, como veremos no próximo ponto, estabelecem relações alelopáticas no sistema.

 

As associações de culturas têm as seguintes vantagens (Domínguez Gento, A., Roselló Oltra, J., Aguado Sáez, J., 2002):
– Maiores produções por unidade de área cultivada. É medido pela Razão Equivalente de Solo, (RES), que calcula a área de monocultura de cada espécie das espécies associadas necessária para obter a mesma produção de um hectare do parceiro. Uma boa associação dá valor é maior do que a unidade, mal valores mais baixos, com os quais é preferível separar essas safras.
         Algumas referências sul-americanas nos dão:
         – Painço / amendoim …………………… 1,26
         – Milho / feijão ………………………… .1,38
         – Painço / sorgo ………………………… .1,53
         – Milho / batata doce ……………………… .2.30
         – Milho / feijão / mandioca …………… .3,21
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– Segurança econômica: na agricultura de subsistência proporciona autossuficiência, reduz o risco de perdas por oscilações de preços ou prejuízo a um deles, já que o outro compensa sua produção.

 

– Utilização mais efetiva dos recursos, maior densidade de plantas intercepta mais luz, auxiliada por uma arquitetura diferente da monocultura; melhor aproveitamento da água, há mais sombra, menos evaporação direta e mais transpiração pelas plantas; a água penetra melhor no solo, reduz a erosão; os nutrientes são melhor usados ​​quando as necessidades são complementares e os sistemas radiculares exploram diferentes horizontes do solo; Se houver uma leguminosa na associação, ela fixa o nitrogênio e beneficia as demais.

 

– Vantagens sanitárias e maior proteção contra pragas: junto com o efeito positivo de uma maior diversidade biológica que geralmente reduz os insetos-praga, há um maior controle das gramíneas adventícias. Além disso, a combinação de espécies suscetíveis e resistentes a uma determinada doença aérea em uma policultura reduz a capacidade de dispersão dos organismos responsáveis ​​pela doença. Isso se deve ao aumento da distância entre uma planta hospedeira e outra, pois as culturas resistentes atuam como uma barreira, retardando o movimento dos referidos organismos, etc.

 

As desvantagens são as seguintes:
– Requer um planejamento adequado.
– Eles tendem a exigir mão de obra abundante.
– Limita ou impede a mecanização de tarefas.

 

Exemplos de associações comuns em horticultura:
         – Árvores frutíferas em suas primeiras fases + horticultura.
         – Cereais + leguminosas.
         – Tomate + cebola
         – Pimenta + cebola, alho ou pepino.
         – Milho + feijão.
         – Milho + feijão + abóbora.
         – Repolho + alface.
         – Cebola + alface.
         – Árvores frutíferas + trevo

 

Tabela de associações favoráveis ​​e desfavoráveis ​​de algumas culturas hortícolas e frutíferas

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