Dicas

Guava – Psidium guajava

Generalidade

A goiaba pertence à família Mirtaceae, ao gênero Psidium e à espécie guajava.

É uma planta arbustiva, com 4-5 m de altura, muito ramificada, com um tronco liso de avelã; os rebentos têm secção quadrangular e pêlos, enquanto os ramos, quando inchados, assumem forma cilíndrica. As folhas são opostas, lisas, coriáceas, com pecíolo curto e forma elíptica ou alongada. As flores são brancas, hermafroditas, solitárias ou agrupadas em grupos de 2-3 e formam-se nos botões do ano. Os frutos têm formato esférico, globoso, oval e em forma de pêra, a polpa pode ser branca-cremosa, vermelha ou rosada; quando madura, a casca muda de verde para amarelo. Algumas frutas têm sabor azedo, outras são agridoces ou doces; as sementes são numerosas, pequenas e esbranquiçadas. As frutas ganharam importância por apresentarem um teor de vitamina C várias vezes superior ao das frutas cítricas.

Clima e terreno

A goiaba prefere climas tropicais, subtropicais e temperados quentes, em comparação com outras espécies tropicais tolera muito bem o frio, se a temperatura cair abaixo de zero a planta é danificada, mas as raízes sobrevivem e restauram a folhagem que dentro de 2-3 anos a frutificação será retomada . Durante a floração, temperaturas de 7 ° C causam aborto floral, enquanto a 12 ° C não há problemas, flutuações de temperatura entre 18 e 27 ° C da noite para o dia permitem uma atividade vegetativo-reprodutiva contínua. A planta precisa de boa iluminação e baixa umidade relativa; na verdade, as partes sombreadas da folhagem produzem pouco. Em termos de solo é uma espécie adaptável, de facto cresce bem em solos arenosos, subácidos, calcários e argilosos, desde que bem drenados, embora seja sensível à estagnação da água. A área de origem da goiaba fica entre a Colômbia, Peru e Brasil; assim como nesses países, é cultivada na Índia, Havaí, Flórida e sudeste da Ásia.

Variedade

As cultivares de goiaba se diferenciam entre si com base na destinação do produto, consumo direto ou indústria. Os frutos consumidos diretamente devem ter dimensões médio-grandes (cerca de 200 g), formato preferencialmente esférico, polpa branca ou vermelha, poucas sementes, baixa acidez e aroma fraco e perfumado. As variedades industriais apresentam um fruto grande (200-350 g), com polpa rosa intensa e baixo teor de sementes, com elevado teor de acidez e vitamina C e aroma intenso. As variedades industriais, de consumo direto, de duplo propósito e de sobremesa mais importantes são mencionadas a seguir. Entre as variedades utilizadas para a indústria estão citadas Blitch, Beaumont, Pink acid e as chinesas, que toleram melhor a estagnação da água no solo; as mais importantes para o consumo direto são Ogawa vermelha, Suprema roja, Allahabad sem sementes e as cultivares vietnamitas, caracterizadas por um fruto muito grande, esférico ou oval e rico em sementes. As variedades de dupla finalidade são Ka Hua Kula e Chittidar, enquanto entre as sobremesas, as indianas, que não têm sementes, são especialmente lembradas.

Plantio, treinamento de sistemas e poda

A goiaba se multiplica por semente e por enxertia, as mudas obtidas a partir da semente são muito heterogêneas e de porte lento. Para encurtar a entrada em produção, as melhores cultivares são enxertadas nas mudas com pelo menos um ano de idade. Nas regiões tropicais quentes e úmidas, o plantio pode ser realizado durante todo o ano, enquanto nas áreas subtropicais e temperadas quentes após a estação fria, pouco antes do reinício vegetativo. As distâncias de plantio são de 5 X 3 m, de forma a obter altas produções desde os primeiros anos, uma vez ocupados todos os espaços da linha, elimina-se metade das plantas para se obter um sexto de 5 X 6 m.

A forma de treino mais praticada para produções destinadas ao consumo direto é o vaso, a poda de produção visa atingir um tamanho elevado dos frutos, as intervenções consistem na eliminação, encurtamento e esmagamento dos ramos. No Brasil, para se obter frutos com peso entre 250-300 g, é necessário deixar uma pequena quantidade de botões por hectare, para os quais se retira 50-60% da madeira. Outra operação que visa aumentar o tamanho do fruto é o desbaste do mesmo, devendo sobrar um fruto para cada nó. O sistema de adestramento adotado para cultivares industriais é o arbusto, neste caso 30-40% da madeira é retirada, garantindo uma boa iluminação da folhagem. As operações de topping são necessárias para neutralizar o desenvolvimento na altura das árvores, mantendo as árvores abaixo de 3 m. Nas áreas onde a estação fria é bastante acentuada existe um ciclo de produção por ano, pelo que a poda é efectuada antes do recomeço vegetativo.

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